A dependência química é uma doença marcada por perdas e decepções consigo mesmo. Os preconceitos e julgamentos morais só prejudicam e não auxiliam quem deseja parar. Perder o controle progressivamente da própria vida e, mais tarde, reconhecer essa situação e ter a coragem de pedir ajuda são passos fundamentais. No entanto, a realidade mostra que apenas uma pequena parte das pessoas afetadas por essa doença conseguem buscar ajuda; em parte devido às particularidades da própria condição: os sintomas de abstinência, a fissura pela substância, obsessão, compulsão, o preconceito, o medo e a desinformação.
Buscar ajuda o quanto antes é essencial para iniciar um processo de mudança no estilo de vida e evitar mais perdas. A pessoa necessita de muita ajuda para mudar pensamentos disfuncionais (gatilhos) e formas de viver, além de ajustar esquemas cognitivos (comportamentais) inadequados para quem deseja reduzir ou cessar totalmente o uso. A vida social do dependente químico se torna instável e sujeita a muitas e crescentes perdas pessoais.
Reconhecer que se vive em um autoengano, onde o dependente químico muitas vezes estabelece limites para si mesmo que não consegue cumprir, é um ponto crucial. Isso tende à auto manipulação, enquanto a situação se agrava dia após dia. Ter a coragem de buscar ajuda profissional é crucial para evitar que a doença evolua, causando ainda mais prejuízos na vida da pessoa, com consequências muitas vezes irreparáveis para si e também para seus familiares.
Portanto, é fundamental buscar ajuda! A terapia especializada pode ser um auxílio fundamental nesse processo de recuperação. Ela oferece um espaço seguro para explorar as causas subjacentes da dependência, como dependência emocional, depressão, transtornos de personalidade e ansiedade, entre outras. Além disso, ajuda a desenvolver estratégias para lidar com os desafios e promover mudanças significativas no estilo de vida, proporcionando uma oportunidade real de recuperação e bem-estar.
Não espere mais! Chega de sofrer. Faça terapia.